No Café

café

Barulho. O café estava cheio. Cheio demais. Muita gente junta, conversando. Encontro meu caminho por entre elas e acho um lugar ao balcão. Surpreendo-me ao perceber a máquina de café coberta por um pano azul. “Estamos sem café”, informa a atendente. Paciência. “O senhor deseja alguma outra coisa?”, “Por enquanto, não, obrigado”. Me sento numa cadeira alta, de madeira escura e metal claro e almofada entre o laranja e o marrom claro. O balcão de madeira lisa, envernizada me serve de apoio aos cotovelos e antebraços. Uma barra circular de metal reluzente pouco acima do chão sustenta meus pés que batem num cacoete maniático e hiperativo. Recuperando-me do baque da ausência do café, passo os olhos pela parede esverdeada ao fundo, atrás da pia e balcão internos: de um verde claro, entre verde-chá, esmeralda, desbotado, fantasma e menta. Nunca fui bom com cores… Continuar lendo