A Espera

Chovia. Eu subo por aquela rua ainda bem movimentada e dourada pela luz dos postes. A noite estava boa (bem, dependendo das concepções particulares de bom…). A temperatura caíra bastante, comparado aos dias (e noites) anteriores; já é possível dar cinco passos sem pingar de suor; o ar está fresco; o clima bem carregado. A noite estava bela. A noite estava boa. E chovia.

Chego ao calçadão. O ponto de encontro. Aproximo-me de uma loja de esquina, já fechada devido ao horário, para proteger-me dos pingos que caem enquanto espero. Um painel de LED pisca anúncios freneticamente na minha frente atordoando-me a vista. Desvio o olhar. O calçadão estava ainda bem movimentado e acinzentado pela luz dos postes. Continuar lendo