A Morte

Conhecemos bem os cinco estágios da morte: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.

Com o fim dos estágios sendo a morte, eu diria que seu início, para todas as pessoas, é o nascimento. Passamos a morrer no momento em que nascemos.

Boa parte de nossa vida é esgotada na negação; alegamos que “ainda temos muito tempo”, nos achamos imortais, infinitos. Continuar lendo

Solidão Nociva

Nietzsche prognosticou: “A mais nociva solidão é a que nos ausenta de nós mesmos”.

Adorno e Umberto Eco analisaram que os meios de comunicação audiovisuais reforçam o movimento de gradativo encerramento sem, contudo, solicitar aquele “monólogo interior”, que caracterizava os leitores-escritores do século XIX.

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O Nada

o nada

Sabe aquele momento que você não sente nada? Aquele momento em que alguém que ocupava um lugar em você e, por isso, trazia algo a sentir, simplesmente ausentou-se…? Aquele vazio que se encontra exatamente no local que é daquela pessoa…? Não digo com relação ao sentimento, pois o sentimento permanece; mas digo em relação à presença, em relação à diferença que existe entre estar perto e estar longe.

A vida nos surpreende. Arranca de nós coisas (e pessoas) que nunca pensamos sobre a possibilidade de não ter por perto. Acho que o nome disso é saudade… Não o que muitos pensam, justamente o contrário… Saudade não é um sentimento, não é algo que sentimos. Continuar lendo

Antiquado Retardatário

pretérito imperfeito

Sim, gosto de coisas velhas; gosto de coisas que são, muitas vezes, consideradas antiquadas e obsoletas. Isso porque não me encaixo nesse século. Sou o retardatário de uma época antiga, com outros conceitos e valores.

Agradeço por ter surgido quando surgi, e não outrora. Se assim o fizesse, seria apenas mais um. Provavelmente não seria quem sou. Não sei nem se, sequer, seria.

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