Conhecemos bem os cinco estágios da morte: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.
Com o fim dos estágios sendo a morte, eu diria que seu início, para todas as pessoas, é o nascimento. Passamos a morrer no momento em que nascemos.
Boa parte de nossa vida é esgotada na negação; alegamos que “ainda temos muito tempo”, nos achamos imortais, infinitos.
Em seguida vem a raiva, ao percebermos que temos menos tempo do que imaginávamos; afirmamos categoricamente que a vida não está nem perto de acabar.
Inicia-se a barganha ao percebermos que somos finitos; compramos coisas, fazemos dietas mirabolantes e exercícios loucos para acrescentar, nem que seja, um dia em nossa vida; barganhamos para nos sentir jovens “novamente” e afastar a ideia de mortalidade.
Quando nossos olhos se abrem e percebemos, realmente, o que acontece e para onde estamos indo, caímos em depressão; não só entendemos que vamos morrer, mas acreditamos que a morte está mais perto que nunca; mergulhamos na incapacidade e dela somos prisioneiros.
Então, aceitamos a morte; aceitamos que somos finitos e que “a volta ao pó” é parte do ciclo da vida; conseguimos ver até certa beleza nisso.
Por fim, morremos; e é na morte que, finalmente, aprendemos a viver.
A morte se inicia no nascimento…
A vida é o processo que nos leva até ela…